Educar os filhos é uma tarefa extremamente importante, porém não é uma tarefa fácil para os pais. Diversas dúvidas acabam surgindo quando se diz respeito a esse tema, uma delas é “A Importância das Regras”, como estabelecer um relacionamento amoroso com seus filhos sem perder a autoridade? É possível ensinar regras sem bater? Devemos estabelecer regras em nossa casa, nas salas de aula ou em outros ambientes? Como elas devem ser elaboradas e aplicadas?
Sim, é necessário que existam regras nas relações e cotidiano de qualquer pessoa, principalmente para crianças e adolescentes.
Elas devem ser elaboradas permitindo que as relações sociais sejam respeitosas e adequadas, com as pessoas e lugares nas quais fazem parte. Lembrando que a interação com os pais e o modelo que eles fornecem são elementos fundamentais para a formação da personalidade que vai interferir no comportamento de uma criança e adolescente.
Cuidado com a maneira com a qual as regras são criadas, pois quando os pais ou professores criam muitas regras (de maneira exagerada), os filhos ou alunos, se cansam ou se sentem pressionados, deixam de prestar atenção à grande parte delas, podendo ignorá-las e não as cumprindo.
De maneira geral, deve-se buscar a estruturação de poucas regras, que sejam claras, flexíveis, assertivas e realmente possam ser cumpridas.
Uma maneira eficaz de aumentar a chance do entendimento de uma regra é iniciar aos poucos. Outro detalhe importante é deixar claro para a criança ou adolescente as consequências do cumprimento ou não das regras. A partir do momento que sabemos e entendemos o que pode ou não ser feito em determinado ambiente, facilita o convívio e cumprimento das mesmas.
Outra dúvida frequente sobre esse tema é o “castigo”. O castigo funciona? como fazê-lo? Ameaçar, castigar ou bater? A partir do momento que se estabelece uma determinada regra no ambiente e esta não é cumprida, terá uma consequência na qual pode-se denominar como castigo.
Ao determiná-lo para um comportamento indesejável, os pais e professores devem estar atentos a alguns detalhes como: executar o castigo o mais próximo possível do ocorrido, para que as crianças e adolescentes relacionem ao acontecido, o castigo deve ser proporcional à regra e em hipótese alguma relacionar o castigo à privação de necessidades básicas e afeto.
A ameaça só será eficaz se for seguida do castigo, só assim eles irão relacionar o “comportamento inadequado” com o “castigo”, e então, para se livrar da punição, mudam o comportamento indesejável. O que diz respeito a “bater” ajuda na educação do filhos?
A resposta é não. Pais e professores servem como modelos para seus filhos e alunos, ou seja, a partir do momento que se utiliza da agressão, seja ela física ou verbal, as crianças e adolescentes aprendem que a agressividade por ser utilizada para resolver conflitos e principalmente aprendem que não podem se comportar de determinada maneira na presença da pessoa que lhe bateu, isso não quer dizer que entenderam o motivo pelo qual apanharam.
Algumas dicas:
– Basear a relação no diálogo;
– Estabelecer uma relação de confiança;
– Estabelecer limites firmes, deixando claro “o motivo”;
– Criar espaços para que o adolescente coloque suas opiniões e participe das decisões familiares;
– Estabelecer direitos e deveres;
– Supervisionar suas atividades e orientar a organização de sua rotina;
– Permitir liberdade com limite e responsabilidade e cobrança com amor, compartilhada.