Ao longo da história da humanidade, podemos perceber que a bebida alcoólica sempre foi a mais apreciada pelo homem, devido a sua ação tonificadora e euforizante, com intuito de aliviar as angústias e libertar tensões. Da mesma forma, é o que percebemos nos dias atuais. Ela está presente praticamente em todos os ambientes e situações, principalmente nos momentos de lazer com a família e amigos, nos eventos sociais, culturais e de trabalho e nas mais diversas festividades.
Podemos observar que o consumo de álcool entre os jovens está cada vez mais precoce e mais comum. A maior parte tem o seu primeiro contato com a bebida alcoólica na adolescência, muitas vezes dentro da própria família sob a forma de diversão, e tem o ápice de consumo, em geral, aos 35 anos.
Desde cedo o adolescente aprende que consumir bebida alcoólica é um ato social válido e como uma das especificidades para a entrada na vida adulta.
Em outras palavras, o álcool como significado de noite, diversão e emancipação, sem se dar conta, porém, de todos os riscos que o uso abusivo poderá lhe acarretar.
O consumo de álcool pode provocar dependência e gerar transtornos decorrentes do uso abusivo, não somente para quem consome, mas igualmente às pessoas com quem ele convive.
A família é afetada negativamente em todos os sentidos, pois o alcoolismo contribui para conflitos interpessoais, violência doméstica, negligência infantil, dificuldades financeiras por doenças de limitação da condição funcional, separação do casal, entre outros.
Mesmo em famílias não tão disfuncionais em que há algum membro alcoolista, vivem com altos graus de tensão e conflito, falta de segurança e confiança, podendo levar ao adoecimento dos membros.
Geralmente, o reconhecimento do uso abusivo do álcool como problema (doença) é demorado, passa por um longo período até o momento em que familiares e a pessoa que consome reconheça. Inicialmente, a família e o alcoolista negam qualquer problema de uso abusivo da substância, provavelmente associadas a sentimento de culpa e vergonha, perda de respeito no lar e no meio social e o sofrimento diante das dificuldades.
Para o enfrentamento do problema, os familiares necessitam conhecer sobre o alcoolismo, as formas de manejo, bem como problemas de saúde do alcoolista. O tratamento é um longo e complexo caminho a ser percorrido pela pessoa, assim sendo, é fundamental que a família seja incluída nesse processo terapêutico.