Os estudos mostram que o autismo não ocorre devido a falhas na educação da criança, trata- se de um desenvolvimento diferente do cérebro, que acontece antes mesmo do nascimento e que pode ser definido como um transtorno do neurodesenvolvimento inato e, por esta razão, passível de ser identificado prematuramente.
Existem sinais cardeais que caracterizam crianças que se encontram sob o espectro autista, como a dificuldade na comunicação social e centros de interesses bem específicos e sensoriais, por exemplo, o que quer dizer que pode haver maior interesse nos objetos do que nas relações humanas.
Quanto mais precocemente o autismo for diagnosticado, melhor se pode intervir com métodos específicos e eficazes para promover um desenvolvimento futuro dessas crianças, mas sendo o autismo feminino menos comum que o autismo masculino, pode facilmente passar despercebido, já que algumas meninas e mulheres conseguem camuflar suas dificuldades a nível social e seus interesses restritos são mais socialmente aceitos, portanto camuflam o autismo até a fase adulta, com o intuito de estar em conformidade com as normas sociais.
Como resultado, certas características podem ser percebidas apenas como sendo perfeccionismo, quando, no entanto, erros mínimos geram crises emocionais catastróficas, e dificuldades sociais que foram encobertas começam a dificultar a convivência nas relações, tornando o espectro autista mais evidente.
Esses esforços de adaptação causam um sofrimento intenso nas mulheres e têm alto custo na economia psíquica. Portanto, mulheres que chegam a ser diagnosticadas sentem um enorme alívio, posto que abandonam o disfarce e passam a entender sua própria neurologia, se autorizando, por fim, a demonstrar abertamente seus valores e predicados, que são de grande valia para a sociedade.
Informe seu e-mail abaixo para entrar para nossa lista de assinantes e receber novidades e conteúdos exclusivos do Projeto Sakura!
[wysija_form id="1"]