Entre tantos estímulos sonoros, quase não se respeitam os momentos de interrupção imprescindíveis para uma vivência mais harmoniosa. Estamos tão instigados pela exigência de progredir a todo custo que deixamos de apreciar o valor de nos afastar do campo de batalha cotidiano para escutar as vozes que calam fundo em nosso íntimo.
Hoje sabemos que o trabalho interno e reflexivo nos proporciona a possibilidade de encontrarmos uma nova postura perante a vida que nos favoreça na conscientização de nossa própria natureza.
Quando descansamos nosso olhar dos sentidos externos com suas representações e ruídos acabamos por adentrar em um recinto interno, velado e misterioso que nos convida a desacelerar e submergir em direção à nossa experiência interior.
Se nos desligamos das imagens sucessivas que nos invadem com suas sugestões constantes aprendemos a perceber quais são as sementes férteis que têm sido sufocadas nos espinhos do nosso dia a dia.
Esta prática diária de interiorização melhora nossa qualidade de vida já que existe uma relação direta entre a boa saúde e o estado de silêncio mental. A quietude nos leva a níveis profundos de autoconhecimento e permite a construção de sentimentos positivos que fortalecem a autoestima.