É preciso compreender que existe uma grande diferença entre amar e ser amado, ter prazer com a presença de alguém especial e ser um dependente afetivo.
Toda troca íntima e genuína é emocionalmente saudável, no entanto, se existe uma urgência contínua e desenfreada de estar com o outro, se há desgaste mental que envolve ciúmes e hipervigilância, reações descabidas de ira ou até mesmo de submissão, como uma forma de estratégia para evitar o abandono, podemos estar diante de um caso de dependência emocional.
É importante compreender que o dependente afetivo concentra sua capacidade de sentir prazer e felicidade na pessoa amada e com o passar do tempo toda esta exclusividade o faz adoecer, por que o incapacita e acaba com seu senso de dignidade pessoal.
Por isso dizemos que a imaturidade emocional é um fator central nas dependências afetivas e aquele que não tenha desenvolvido sensatez frente às frustrações e incertezas da vida, não tolera o sofrimento, se encontra infantilizado, já que não desenvolve força suficiente para enfrentar as inúmeras adversidades.
É possível afirmar que por trás das dependências afetivas existe um sentimento de Incompetência e por isso um apego exagerado às fontes de segurança que estão disponíveis. Muitas vezes também acontece que a pessoa não se sente capaz de renunciar a segurança que o outro lhe oferece, mesmo que isto acarrete perturbação, por que se sente despreparado para a dor do rompimento.
O dependente afetivo no fundo não é capaz de aceitar que o amor escape ao seu controle e que a vida não responda às suas expectativas…
Por isso lembre-se que como disse Buda: “ Tudo flui, tudo muda, tudo nasce e morre, nada permanece”. Temos a opção de nos rebelar porque a realidade não segue o caminho que gostaríamos ou enfrentar a vida, nos capacitar da melhor maneira, para que possamos vivê-la de forma mais plena e livre, amando e sendo amado.
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